quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Decisão e Ação

É comum se tomar uma decisão e após isso, nada fazer. Decidir é resolver, após análise muitas vezes criteriosa, por uma das tantas opções existentes. Muitas pessoas demoram para tomar suas decisões. Algumas por insegurança, outras por desconhecimentos e outras, por precisarem avaliar cada ângulo da situação que se apresenta.

Então a decisão ocorre. Tudo o que se passou à nossa frente foi pesado e ponderado. Os temores foram sentidos, os problemas equacionados, tudo ou quase tudo claro e transparente. Agora só falta...agir. Surpresa! (ou não?) A ação não ocorre. Tudo que foi decidido fica parado e nada ou quase nada é feito. Por que será que após tanto sacrifício e esforço para se chegar a uma decisão, na hora do fazer ficamos paralisados? Isso em todos os setores de nossas vidas: afetivo, profissional e mesmo espiritual (preciso me cuidar, vou procurar amanhã).

A pessoa decide se separar, pois não dá mais para conviver junto com aquela pessoa, mas começa uma avalanche de “razões” para o “agora não dá”. A pessoa decide-se pelo seu amor, mas na hora de expressar seu sentimento, existem mais “razões” que a impedem. No trabalho, chega à conclusão do que precisa fazer, mas na hora de implantar, de novo, “razões” que tolhem.

Nada é pior do que acharmos que não podemos fazer, e pior ainda, atribuir isso às situações externas. Tudo fica fora de nós e assim, pronto, de novo estamos à mercê das circunstâncias.

É um direito de cada um agir assim, mas é importante saber que o que nos impede de fato é que, mesmo inconscientemente, cada ação possui uma conseqüência e é o temor delas que nos paralisa. Ao buscar a separação, se não amigável, dificuldades e boicotes vindos do outro lado. Ameaças, pressões. Se declaro meu amor, o medo da recusa, da rejeição e o orgulho de quem se sentiu humilhado ao ser recusado, mesmo que delicadamente. Se implanto alterações em meu trabalho, pode não ser bem visto de imediato, pode não dar certo, como vou ficar frente a meu chefe e aos meus colegas?

Pois bem, quando se faz uma opção, seja ela qual for, fazem-se simultaneamente várias renúncias. E é aqui que temos nos perdido. Queremos realizar a opção escolhida, sem abrir mão de situações que não mais são compatíveis. Exemplo? O “garoto” quer morar sozinho, mas quer que os pais paguem o aluguel, que a roupa continue sendo arrumada pela mãe a assim por diante. Quer ser “dono de sua vida” sem ter que responder por ela.

Exercitar (a vida é um eterno exercício de possibilidades) o “assumir as conseqüências” sobre as nossas decisões em muito facilita o “agir”. Ao decidirmos conscientemente, fica-se sabendo o que é que nos espera, portanto, não haverá motivos para reclamarmos.

Você tem decisões que ainda não pôs em prática? Reveja-as e se elas se confirmarem, inicie o movimento em direção ao que se propôs. Não tenha receio. A vida ajuda aqueles que caminham em direção ao seu ideal, aos seus objetivos. Achar que porque ocorrem dificuldades é porque não deveria ser, na verdade é um pensamento que encobre nossa falta de energia e garra em busca do objetivo. Basta olhar a vida daqueles que se destacam. Veja se encontra nela a falta de ação, a fuga das conseqüências e o desistir pelas dificuldades.

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Indaiatuba, São Paulo, Brazil
Psicólogo, Psicoterapeuta, Practitioner Programação Neurolingüística, Administrador e Consultor de Empresas

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